Algumas expressões idiomáticas com os vocábulos “aglio” e “aglietto”

Ciao ragazzi! Come va?

No nosso post de hoje falaremos dos vocábulos italianos “aglio” e “aglietto” e de algumas expressões idiomáticas em que são usados, tentando achar, se possível, uma tradução/solução na língua portuguesa. Gostaria de lembrá-los que o estudo de uma língua vai muito além das regras gramaticais com as quais todos os estudantes se deparam em qualquer curso de idiomas e, principalmente, na universidade.

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O alho (aglio), como sabemos, é uma planta originária da Ásia Central. Nas suas diferentes variedades, é amplamente usado na culinária e na medicina. Entretanto, em senso figurado, faz parte de algumas expressões idiomáticas, como veremos a seguir:

a – Consolarsi con l’aglietto – resignar-se a uma perda, um fracasso, um investimento equivocado, considerando-se já com sorte por não ter sido pior. No passado, as colheitas eram muito mais expostas a riscos em relação aos tempos atuais, com muita frequência se perdia tudo. Os agricultores que sustentavam a família, com os lucros do que haviam plantado, podiam considerar-se felizardos por terem conseguido salvar pelo menos o alho! Não sei se concordam, mas me lembrei de uma expressão que minha mãe usava com muita frequência que dizia “vão-se os anéis e ficam-se os dedos“. De qualquer forma, creio que a tradução com o verbo pronominal resignar-se seja uma boa solução, concluindo com “vão-se os anéis e ficam-se os dedos”. O que acham?

Alla fine di tutto Anna si è dovuta consolare con l’aglietto, sarebbe potuta andare molto peggio. No fim de tudo, Ana teve que se resignar, poderia ter sido muito pior. Vão se os anéis e ficam-se os dedos!

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b – Mangiare l’aglio – ser obrigado a aceitar uma situação desagradável, como se tivesse que comer um alho. Creio que podemos traduzir como “ser obrigado a engolir sapos/o sapo“.

Stamattina sono arrivata al lavoro in ritardo e il mio capo me ne ha dette di tutte i colori. Ho dovuto mangiare l’aglio senza dire nulla. Hoje de manhã, cheguei atrasada ao trabalho e meu chefe soltou os cachorros em cima de mim. Tive que engolir o sapo sem dizer nada.

c- Ti saprà d’aglio –  exclamação que se diz (ou praga que se roga) a quem se apropriou indevidamente de alguma coisa em detrimento de outras pessoas, desejando que a ação lhe saia pela culatra, ou seja, “che ti sappia d’aglio!“. Duas soluções em português seriam: “você vai se arrepender disso” e “tomara que você se dane/se lasque ou, vulgarmente, se foda!”.

d – Un mazzo d’agli – algo de pouco valor, não agradável. Normalmente é usado para definir uma recompensa, um presente, um ganho ou um resultado que se demonstrou decepcionante. Pensei na expressão “presente de grego“, que nos dá, mais ou menos, a mesma ideia.

– Cosa ti ha regalato tuo marito nel giorno di San Valentino?

 

Un mazzo d’agli!

– Cosa?

– Non ci crederai … un grembiule per cucinare!

– O que o seu marido lhe deu de presente no dia dos namorados?

 

Um presente de grego!

– O quê?

– Você não vai acreditar…um avental para cozinha!

Por hoje é tudo, espero que tenham gostado do post. Se tiverem sugestões com respeito à tradução das expressões, deixem nos comentários.

Arrivederci e buono studio!

 

Bibliografia di base per l’elaborazione dei post (grammatica):

  1. Cetroni M.R. et aliiGrammaticando. Cercola (Napoli), Loffredo Editore, 1997.
  2. SABATINI, Francesco, La comunicazione e gli usi della lingua. Bologna, Loescher editore, 1995.
  3. DARDANO, Maurizio e TRIFONE, Pietro. Parole e Frasi. Bologna, Zanichelli Editore Spa, 1985.
  4. SERIANI, Luca. Grammatica italiana. Torino, Utet Editore, 1991.
  5. Dizionario Garzanti, De Mauro e Lo Zingarelli della lingua italiana online

Bibliografia di base per l’elaborazione dei post (letteratura/cultura):

  1. SALINARE, Carlo. Profilo storico della letteratura italiana, Giunti, 1991.
  2. FERRONI, Giulio. Profilo storico della letteratura italiana, Einaudi Scuola, 2008.
  3. L’Italia è cultura – Letteratura. Edilingua.
  4. Treccani enciclopedia, Sapere.it, Wikipedia
  5. Materiale del Master in Didattica della Lingua Italiana come lingua seconda/L2

Pubblicato da Cláudia Valéria Lopes

Cláudia Valéria Lopes è nata a Rio de Janeiro, Brasile. Nel 2001 si è laureata in Lingue straniere (portoghese e italiano) presso l’UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. È traduttrice e insegnante di portoghese e italiano. Ha vissuto in Italia per sette anni, periodo in cui ha potuto approfondire le sue conoscenze della lingua italiana e dare continuità ai suoi studi. Ha lavorato per due anni come lettrice di lingua portoghese (norma brasiliana ed europea) presso l’Università degli Studi di Bari. Dal 2009 vive in Svizzera, dove lavora nel campo dell’e-learning, traduttrice (le sue lingue di lavoro sono: portoghese, italiano, inglese e tedesco) e insegnante di portoghese e italiano. Claudia è fondatrice, amministratrice e redattrice del Blog, della pagina Facebook di Affresco della Lingua Italiana e del canale Youtube. Nel 2021 ha conseguito un master in Didattica della Lingua Italiana come lingua seconda presso l'università E-Campus.

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